sábado, 19 de novembro de 2011

Sexta na Balada

A sexta começou com Paulo Lins, o autor de Cidade de Deus, o livro, falando de seu trabalho e do tráfico de drogas. E de armas, de que pouco ou quase nunca se fala.

Tânia Rösing, idealizadora e coordenadora da Jornada Literária de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, deu um show à tarde na Livraria da Vila da Vila Madalena. A mulher que vai à luta a cada dois anos para conseguir patrocínios para viabilizar a festa gaúcha, não se fia em cara feia. “Se a porta está fechada, procuro a janela, a fechadura, abro um buraco na parede”. E assim segue há 30 anos realizando o que Marcelino Freire considera o maior evento literário do mundo. Pode ser exagero, mas quem prova? Vamos esperar o Guinness se manifestar. Um gole da cerveja irlandesa e tudo resolvido.

Depois de Tânia, Edwin Williamson, o biógrafo de Jorge Luís Borges, falou dos caminhos que encontrou para retratar o autor argentino, um homem que adorava a mãe e se envolvia somente com os exemplares do sexo fenimino que a desagradassem. Freud explica?

Da Vila para a av. Paulista. No Itaú Cultural, Tom Zé conversou com a plateia, cantou, numa apresentação para a Balada que foi também a gravação do programa Jogo de Ideias.

A noite fechou com André Vallias no Goethe Institut, declamando poemas do poeta e pensador judeu Heinrich Heine. E com o Garapa Paulista sendo sorteado com uma bolsa de estudos de 50% para um curso de alemão. A ideia agora é filosofar, que como todo mundo sabe, e Caetano bem ensinou em Língua, obra-prima de sua criação, está provado que só é possível na língua de Goethe.

Angela Senra