Durante a abertura da Bienal do Livro, neste fim de semana no Rio de
Janeiro, a presidente Dilma Roussef e o presidente da Biblioteca
Nacional Galeno Amorim anunciaram uma série de medidas com o
objetivo de incentivar a tradução e publicação em outros países
de escritores brasileiros.
Entre as ações que serão tomadas, uma que chama
atenção é um programa de residência no país de tradutores
estrangeiros. Serão selecionados dez participantes, de diferentes
línguas e países, para morar de dois a seis meses no Brasil.
A intenção, de acordo com Galeno Amorim, é que
representantes do mercado editorial estrangeiro tenham a
possibilidade de vivenciar de perto a nossa língua, conheçam
as cidades que compõem os cenários de diversas obras, seus
personagens e sua cultura.
Outra frente de ação é a criação de bolsas
para escritores brasileiros morarem durante um tempo em outros
países, dêem palestras, entrevistas, e funcionem diretamente como
anunciantes de suas obras.
De acordo com o escritor João Paulo Cuenca, é
necessário quebrar a imagem do Brasil como terra exótica.
Demonstrar que também produzimos literatura universal. Que temos
algo a falar sobre o mundo.
E então, quem sabe, encontraremos nossos autores
contemporâneos preferidos traduzidos para o alemão em uma
prateleira de destaque, dentro de uma livraria em Berlim.