sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Balada para Ouvir

Showversa Poemúsica

A Balada Literária entra para seu terceiro dia com fôlego total. O que faz o sucesso de um evento como esse? Em primeiro lugar, a luta de quem está atrás das cortinas, quem faz acontecer. No caso, o escritor Marcelino Freire, que há seis anos inventou essa história e vem conseguindo manter a Balada com a ajuda dos apoiadores, entre eles, o Garapa Paulista.

A abertura da festa, na quarta-feira, no Sesc Pinheiros, com a showversa Poemúsica entre Augusto de Campos, seu filho Cid Campos e Adriana Calcanhoto,  com o lançamento do cd Poesia é Risco, de Augusto de Cid, emociou a plateia lotada. As palavras usadas para expressar sentimentos são tão gastas. Como dizer que algo foi lindo e emocionante sem dizer que foi lindo e emocionante? Existem formas várias e quem escreve sabe disso, mas às vezes tudo que queremos dizer é que foi lindo e emocionante.

A interpretação de Adriana Calcanhoto dos versos de Emily Dickinson soaram como luzes acendendo na alma. Em tempos como esse, no qual as pessoas têm dificuldade em manter-se quietas mesmo durante um show, poder passar algumas horas ouvindo poesia com estes três foi realmente um grande privilégio.

Ouvir. Esta é a minha palavra de ordem nos últimos dias. Refletir, discutir. É esse o intuito deste tipo de evento. Multiplicar as vozes, as ideias, despertar os pedaços adormecidos dos expectadores.


Angela Senra