Jabuti 2011

Capa do livro de Gullar

Vencedor de Contos e Crônicas

Saiu o resultado do Prêmio Jabuti de Literatura 2011. O poeta maranhense Ferreira Gullar, que no ano passado foi contemplado com o Prêmio Camões por seu livro de poemas Em Alguma Parte Alguma (José Olympio Editora) foi o vencedor na categoria poesia. O crítico literário e jornalista José Castello ganhou como melhor romance com seu Ribamar (Bertrand Brasil) e o curitibano Dalton Trevisan, com Desgracida na categoria Contos e Crônicas.

Em outras categorias, venceram:

André Neves, com o infantil Obax (Brinque-Book), indicado para crianças de 5 a 12 anos.

Marina Colasanti, com Antes de Virar Gigante - e Outras Histórias (Editora Ática), na categoria Juvenil.

Os Satyros (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo), de Germano Pereira, em Artes.

Em Gastronomia, Rosa Belluzzo ganhou com Machado de Assis: Relíquias Culinárias (Editora Unesp). A antropóloga relatou os costumes da corte e curiosidades do menu brasileiro, baseadas nas obras do autor. O livro traz também receitas que o bruxo do Cosme Velho apreciava..

Na categoria Ilustração, o escritor, músico e ilustrador Manu Maltez foi premiado com O Corvo (Editora Scipione), uma tradução do poema de Edgar Allan Poe.

Fotografia de Natureza (Editora Europa), do fotógrafo Luiz Claudio Marigo, foi contemplado na categoria Fotografia.

Na categoria Teoria/Crítica Marcos Antonio de Moraes ganhou com Câmara Cascudo e Mário de Andrade - Cartas de 1924-1944 (Editora Global).

Melhor romance

Jabuti remete ao movimento nacionalista da década de 50 do século 20, fomentado principalmente por escritores e intelectuais como Monteiro Lobato, Luis da Câmara Cascudo e Mário de Andrade.

O prêmio contempla autores nacionais desde 1959 com o intuito de estimular a produção literária e animar o setor editorial. Desde Jorge Amado, representante do modernismo, na primeira premiação até o pernambucano Marcelino Freire, com Contos Negreiros (Editora Record), em 2006, foram muitos os autores contemplados.

No ano passado, o prêmio virou notícia por semanas com a polêmica premiação de Livro do Ano Ficção
a Leite Derramado (Companhia das Letras), de Chico Buarque de Hollanda, depois de Se Eu Fechar os Olhos Agora (Editora Record), de Edney Silvestre, ter vencido na categoria Romance. Muitos consideraram uma contradição o livro de Silvestre não ter levado as duas honrarias.